Estima-se que até 45% das pessoas que iniciam o tratamento para a depressão não o concluem. Esta situação é grave, pois os riscos de recaída são enormes.

Os motivos apontados são vários: os efeitos colaterais da medicação, a complexidade do tratamento, as atitudes e as crenças em relação à doença, a culpa exagerada, o apoio de familiares e amigos e até os relacionados ao médico.

A relação médico-paciente pode ajudar ou atrapalhar a continuidade do tratamento. Os fatores positivos desse comprometimento mútuo que favorecem a adesão incluem a percepção e a confiança no conhecimento técnico do médico psiquiatra e a postura receptiva, cordial e de valorização dos sintomas, das queixas e dos problemas que a pessoa enfrenta. Olhar nos olhos e ouvir com atençao são atitudes fundamentais.

Palavras-chave: depressão, tratamento e relação médico-paciente.

Fonte: Cunha MF e Gandin RC. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(3): 409-18, 2009.